📈 Story Points: Muito Mais do que Números
Quando falamos de estimativas ágeis, a pergunta “Por que não usamos horas?” é quase inevitável. Afinal, medir o tempo parece lógico à primeira vista.
Mas, no mundo dinâmico do Agile, focar apenas no tempo pode levar a armadilhas perigosas, como pressão desnecessária ou falta de flexibilidade. É aqui que entram os Story Points, uma abordagem que muda completamente a forma como planejamos e entregamos valor. 🚀
🔢 O que são Story Points, afinal?
Diferente das horas, os Story Points medem a complexidade, o esforço e os riscos associados a uma tarefa. Eles não estão relacionados ao tempo exato que algo vai levar, mas sim a uma percepção compartilhada pela equipe sobre o tamanho relativo do trabalho.
Pense em dois desenvolvedores enfrentando a mesma tarefa. Um pode completá-la em 4 horas, outro em 8, mas ambos podem concordar que ela é relativamente “média” em termos de esforço. Essa abstração ajuda a equipe a manter o foco no que realmente importa: a entrega de valor, e não o relógio.
📊 Por que Story Points são melhores que horas?
Jeff Sutherland, cocriador do Scrum, é um defensor apaixonado dos Story Points. Em suas palavras, estimar em horas pode ser enganoso e criar falsas expectativas. Isso porque horas dependem de variáveis imprevisíveis:
- Quem está executando a tarefa?
- Quais ferramentas estão disponíveis?
- Quais surpresas podem surgir no meio do caminho?
Os Story Points, por outro lado, lidam bem com a incerteza. Eles incentivam a equipe a colaborar, alinhar expectativas e considerar aspectos como dependências, desafios técnicos e até mesmo a curva de aprendizado do desenvolvedor.
🎯 Como usar Story Points?
A Planning Meeting (reunião de planejamento) é o momento ideal para estimar utilizando Story Points, pois permite alinhar expectativas e esclarecer dúvidas sobre as histórias de usuários. Aqui estão os passos principais para utilizá-los de forma eficiente:
- O Product Owner apresenta cada história de usuário e descreve os critérios de aceitação.
- Os Desenvolvedores aproveitam para esclarecer requisitos e/ou levantar possíveis riscos e dependências.
- Use uma “história referência” já estimada anteriormente como base para definir o tamanho relativo das novas histórias.
- Utilizem técnicas como o Poker Planning, onde cada membro dos desenvolvedores escolhe, de forma individual e secreta, uma estimativa (em Story Points) para a história. Em seguida, todos revelam suas escolhas simultaneamente.
- Se houver discrepâncias nas estimativas, eles discutem os motivos e buscam um consenso. A colaboração é essencial nesse processo.
- Após o consenso, atribua o valor em Story Points à história e passe para a próxima.
Essa abordagem transforma o planejamento em uma discussão rica, que não apenas melhora as estimativas, mas também cria um entendimento compartilhado entre todos os membros da equipe.
🔗 Quer se aprofundar?
Se quiser explorar mais sobre esse tema, recomendo a leitura de artigos como o de Jeff Sutherland, que detalha porque os Story Points são superiores a outras métricas.
Story Points: Why are they better than hours? – Jeff Sutherland
No final, o que realmente importa é: você está estimando para controlar o tempo ou para maximizar o impacto do trabalho da sua equipe? 😉